terça-feira, 30 de agosto de 2011

Novo Aeroporto de Navegantes deve sair em sete anos

Projeto para a construção de um novo aeroporto em Navegantes existe desde a década de 90, mas 30% da área ainda precisa ser desapropriada. Falta de estrutura maior, confortável e segura afeta o desenvolvimento da região.

Pelo menos duas vezes ao mês, Marco Alan Rotta, 31 anos, passa pelo Aeroporto Internacional de Navegantes com destino às maiores cidades do país. Gerente de Projetos de uma empresa de informática de Blumenau, ele já perdeu as contas de quantas vezes precisou começar ou terminar a viagem dentro de um ônibus, indo e vindo de Florianópolis. O trajeto por terra é consequência da falta de oferta de linhas em Navegantes, ou porque o voo para o qual Rotta fez reserva foi direcionado para o aeroporto vizinho em função do mau tempo.

Especialistas como o mestre em Turismo e Hotelaria Athos Henrique Teixeira e o diretor da Associação Brasileira de Agentes de Viagem em Santa Catarina, Leonardo Wanderhec, apontam a falta de espaço como o maior entrave ao crescimento da estrutura. Por enquanto, os planos da Infraero para Navegantes, a curto prazo, incluem melhorias no atual terminal. As obras, orçadas em R$ 18 milhões, serão feitas em três anos.

Mas a solução definitiva é um aeroporto maior e moderno, com capacidade para mais equipamentos de segurança e oferecer conforto aos passageiros. No papel, o projeto existe desde a década de 90. Entraves burocráticos entre prefeitura e Infraero adiam a ideia por 10 anos.

A luz no fim do túnel está na retomada do plano de desapropriações da área aeroportuária. Falta desocupar 30% dos 3,5 milhões de metros quadrados reservados à nova estrutura.

Projeto prevê pista maior que a de Curitiba

A Infraero está contratando a empresa que fará o levantamento topográfico e a avaliação das terras a serem desapropriadas. Os recursos, ainda não calculados, deverão ser repassados pela União.

– Considerando os prazos para estudos de impacto ambiental e licitações, devemos ter o novo aeroporto em sete anos – projeta o superintendente do aeroporto de Navegantes, Marco Aurélio Zenni.

A área prevista para abrigar a nova estrutura fica junto ao espaço ocupado hoje e é quatro vezes maior que a atual, o que permitirá a construção de uma pista de 2.260 metros – maior que a do aeroporto de Curitiba –, e de um novo terminal.

Com mais espaço, Navegantes terá condições de receber aeronaves maiores e aviões cargueiros, que a pista de hoje, com 1.940 metros de extensão, não comporta. Na prática, o aumento incrementará a movimentação de passageiros e cargas. Hoje, mesmo em condições deficitárias, o aeroporto é o 10º no país em importação.

A área antiga será destinada à aviação não comercial, de jatos e helicópteros particulares. Este tipo de operação é comum em empresas como a Petrobras, que opera cinco helicópteros em Navegantes, com média de seis voos diários. Cerca de 1,2 mil profissionais embarcam todo mês para atender à demanda. De acordo com o gerente-geral da Unidade de Exploração e Produção do Sul, da Petrobras, Carlos Roberto Carvalho de Holleben, a expectativa é que o fluxo de pessoas e de voos se intensifique em setembro com as perfurações na área de Tiro - um dos poços de petróleo na costa de Itajaí.

– O Vale está experimentando um crescimento grande e, com o aumento da demanda, crescem as exigências. Precisamos de nova pista para acompanhar este desenvolvimento – diz o presidente da Associação Empresarial de Navegantes, Francisco Carlos Gervásio.


COMO SERÁ O NOVO AEROPORTO
- A área passará dos 750 mil metros2 para 3,5 milhões de metros2
- A nova pista terá 2.260 metros e será maior que a de Curitiba
- O local onde hoje está o aeroporto servirá para a operação de aviões particulares e helicópteros
- A nova área aeroportuária ficará entre o aeroporto atual e os morros que estão à direita
Entenda a burocracia
- Em 1996, a Infraero anuncia os planos para construção de um novo terminal e uma nova pista no Aeroporto de Navegantes
- No final do mesmo ano, um convênio é assinado com a prefeitura para a desapropriação de terrenos no entorno, ao custo de R$ 2 milhões
- As desapropriações começam em 1997 e 70% da área é indenizada
- Problemas na prestação de contas entre município e Infraero atrasam a abertura do segundo processo de desapropriação, dos 30% restantes
- Agora, a Infraero está em processo de contratação da empresa que fará a análise topográfica dos terrenos
- A União fará o repasse do valor das desapropriações, ainda não definido

Fonte: clicRBS

3 comentários:

Anônimo disse...

quem viver verá.....

Anônimo disse...

Lembre-se, "DEVE"...

joseluizdacosta@bol.com.br disse...

Onde ficará este novo aeroporto ??? Se possível pelo Google Earth ???