A aeronave se prepara para pousar. No comando, o piloto tem toda a atenção voltada para os indicadores da cabine e para a sinalização luminosa da pista. O momento é um dos mais críticos, e exige dedicação total. De repente, a cabine é tomada por um feixe de laser verde, vindo de terra. Por alguns segundos, o piloto perde o foco. O voo está em risco.
De janeiro a abril, por 12 vezes feixes de laser verde foram apontados diretamente para a cabine de aeronaves na região de Navegantes – quase metade do que foi registrado em todo o ano de 2011. Júlio César Perdoná, gerente de navegação aérea do Aeroporto Internacional Ministro Victor Konder, diz que uma distração como esta, especialmente em momentos de pouso e decolagem, pode resultar em um acidente fatal:
– O laser traz danos sérios à segurança da navegação aérea. Pode causar desde ofuscamento da visão até a cegueira momentânea do piloto.
A pedido da superintendência do aeroporto, na semana passada o Serviço Aéreo da Polícia Civil (Saer) iniciou uma operação para identificar de onde vêm os feixes de luz. No primeiro sobrevoo, quatro lasers foram apontados para o helicóptero da polícia e tiveram a localização identificada. Dois vieram de residências no Centro de Navegantes. Outros dois, de praças de Navegantes e Itajaí.
– Nas casas, acreditamos que eram crianças (usando o laser). As pessoas não medem as consequências – diz o delegado Djalma Alcântara da Silva, comandante do Saer.
As informações foram repassadas à Delegacia Regional de Itajaí. Luciano Miranda, agente responsável pelo caso, diz que será instaurado um inquérito e a polícia deve pedir à Justiça mandados de busca e apreensão dos objetos que emitem o laser – em geral, canetinhas compradas em camelódromos.
O brinquedo custa entre R$ 60 e R$ 70 e não tem regulamentação no Brasil. A venda, portanto, é permitida. Mas apontá-lo contra aviões é coisa séria: enquadra-se em atentado contra a segurança de transporte aéreo, crime que rende de dois a cinco anos de prisão. A pena sobe para até 12 anos de detenção em caso de queda da aeronave.
– As pessoas acabam apontando para os pilotos e não entendem que podem causar um acidente, inclusive para si mesmas – alerta Perdoná.
O que torna os feixes de luz verdes tão perigosos é a potência. Ao contrário do similar vermelho usado em aulas e palestras, que não ultrapassa poucos metros, o verde pode chegar a vários quilômetros de distância. Entre os registros de uso de laser contra aviões em Navegantes, cadastrados no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), há relatos de distração causada pelo feixe de luz a até 9 mil metros de altura.
Tamanho alcance não representa risco apenas à navegação aérea. Segundo o médico oftalmologista Charles Michel Otero, a brincadeira é perigosa mesmo quando os lasers não apontam para o céu:
– As pessoas não podem olhar diretamente para os lasers porque podem queimar a retina. Quanto mais próximo, maior o risco.
Se a queimadura atingir a mácula – ponto central da retina –, a cegueira pode ser irreversível, segundo o médico.
Fonte:clicRBS
– O laser traz danos sérios à segurança da navegação aérea. Pode causar desde ofuscamento da visão até a cegueira momentânea do piloto.
A pedido da superintendência do aeroporto, na semana passada o Serviço Aéreo da Polícia Civil (Saer) iniciou uma operação para identificar de onde vêm os feixes de luz. No primeiro sobrevoo, quatro lasers foram apontados para o helicóptero da polícia e tiveram a localização identificada. Dois vieram de residências no Centro de Navegantes. Outros dois, de praças de Navegantes e Itajaí.
– Nas casas, acreditamos que eram crianças (usando o laser). As pessoas não medem as consequências – diz o delegado Djalma Alcântara da Silva, comandante do Saer.
As informações foram repassadas à Delegacia Regional de Itajaí. Luciano Miranda, agente responsável pelo caso, diz que será instaurado um inquérito e a polícia deve pedir à Justiça mandados de busca e apreensão dos objetos que emitem o laser – em geral, canetinhas compradas em camelódromos.
O brinquedo custa entre R$ 60 e R$ 70 e não tem regulamentação no Brasil. A venda, portanto, é permitida. Mas apontá-lo contra aviões é coisa séria: enquadra-se em atentado contra a segurança de transporte aéreo, crime que rende de dois a cinco anos de prisão. A pena sobe para até 12 anos de detenção em caso de queda da aeronave.
– As pessoas acabam apontando para os pilotos e não entendem que podem causar um acidente, inclusive para si mesmas – alerta Perdoná.
O que torna os feixes de luz verdes tão perigosos é a potência. Ao contrário do similar vermelho usado em aulas e palestras, que não ultrapassa poucos metros, o verde pode chegar a vários quilômetros de distância. Entre os registros de uso de laser contra aviões em Navegantes, cadastrados no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), há relatos de distração causada pelo feixe de luz a até 9 mil metros de altura.
Tamanho alcance não representa risco apenas à navegação aérea. Segundo o médico oftalmologista Charles Michel Otero, a brincadeira é perigosa mesmo quando os lasers não apontam para o céu:
– As pessoas não podem olhar diretamente para os lasers porque podem queimar a retina. Quanto mais próximo, maior o risco.
Se a queimadura atingir a mácula – ponto central da retina –, a cegueira pode ser irreversível, segundo o médico.
Fonte:clicRBS
3 comentários:
Tem polícia em Navegantes???? E quem vende??? É preso????
Que pena que essa IDIOTISSE chegou a Navegantes, acho que devia ter punições mais graves com as pessoas que o usam, até porque os problemas que eles fazem são graves.
poxa que coisa perigosa, que o pessoal tenha consciencia do que pode causar uma brincadeira
Postar um comentário