sábado, 16 de novembro de 2013

Laudo com causa da queda de monomotor que caiu em Guaramirim poderá levar até 18 meses para ficar pronto

Dois oficiais do Serviço Regional de Investigação de Prevenção a Acidentes Aeronáuticos (Seripa) de Canoas (RS) fizeram sexta-feira o registro de ação inicial, uma espécie de perícia, no avião modelo Cirrus 22 turbo ano 2008 que caiu na tarde de quinta-feira a 20 metros de uma casa na localidade de Ribeirão do Salto, interior de Guaramirim. Na aeronave estavam o piloto e dois tripulantes, que saíram ilesos.

O Seripa não informou a data em que será concluído o levantamento sobre as causas do acidente, mas pode levar de três a 18 meses. O avião será guinchado nos próximos dias pela empresa Total Sat, proprietária da aeronave, e levado para um hangar onde os peritos devem novamente colher informações sobre as condições do avião. O motor será removido em seguida e avaliado em uma oficina credenciada.

O sargento Max Azevedo disse não estar autorizado a repassar informações sobre as possíveis causas do acidente por ainda estar sendo feito o levantamento de dados da aeronave e sendo ouvidos os depoimentos do piloto e testemunhas.

Ontem muitos curiosos ainda passavam pelo local do acidente. O avião caiu a 20 metros da casa do agricultor Alfredo de Borba, 67 anos, que viu quando o avião começou a baixar, fez um forte barulho com o acionamento do paraquedas e atingiu o solo.

– Fiquei apavorado. Achei que o avião ia cair na minha cabeça. O que fiz foi correr – lembra.

Quando o avião já estava em terra Borba e dois filhos correram para ajudar o piloto e tripulantes que saíram sem nem sequer um arranhão. Os bombeiros e a Polícia Militar foram chamados em seguida e isolaram o local.

Piloto diz que nunca havia passado por pane em avião

O piloto Guilherme Maguerroski de Oliveira, 30 anos, é formado em engenharia civil e depois de fazer o curso de voo por um ano e meio conseguiu a carteira de piloto comercial. É casado, tem dois filhos de quatro e seis anos e trabalha há quatro anos na empresa Total Sat, que faz rastreamento de carros por satélite. O avião que Guilherme pilotava no dia do acidente é o único da empresa. O piloto acumula 1,2 mil horas de voo e afirma nunca ter passado por uma pane como a que ocorreu.

Ao relembrar como ocorreu a queda, Guilherme conta que ele e mais dois empresários saíram de Curitiba quinta-feira de manhã com destino a Florianópolis. Depois de uma reunião na Capital eles foram para outro compromisso em Blumenau. Às 16h30min, depois de checar mais uma vez as condições do avião, Guilherme decolou para retornar ao Paraná.

Objetivo era tentar um pouso forçado

Quando estava perto de Luis Alves ele percebeu que o nível do óleo do avião começou a baixar e a pressão do motor caiu. Pensou em ir para o aeroporto de Joinville, mas como estava a 40 quilômetros do local achou arriscado até pelo fato de que poderia cair em algum lugar mais habitado. Foi então que seguiu em direção a Guaramirim para tentar um pouso forçado. Nem deu tempo. O avião parou de funcionar e automaticamente o paraquedas foi acionado. A aeronave estava a uma altitude de 6,5 mil pés (1.980 metros).

– Não fiquei nervoso, eu tinha de manter a calma. Me preocupava com o bem-estar de todos dentro do avião e com quem estivesse em terra – afirma.






Fonte: clicRBS

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